Vamos apenas supor que eu vivo num país Africano e o governo desse país define que casais caucasianas não podem adotar crianças porque não estão dentro dos parâmetros de “família normal” deste país. Como é que isto se chama? Vou dar uma pista: começa com D e acaba em iscriminação. Ou então vamos supor que os deputados determinam que também não é saudável para uma criança ter pais de diferentes religiões (não vá ele achar que esfregar a barriga do Jesus gordo dá sorte, Deus nos proteja), ou que a raça lusitana está em perigo e, como tal, casais nórdicos não podem adotar porque vão poluir a cabecinha das nossas criancinhas latinas com deuses celtas e saunas onde estão todos nus (que nojo!).
Agora é a parte do chorrilho de pessoas que vão dizer “ah, não é a mesma coisa porque coiso”. Então porque é que um casal gay, não casado, pode adotar? Sim, vai ter que dizer que vive com um “amigo/a”, mas pode. Isto também tem um nome: hipocrisia.
Senhores deputados, tenham juízo, porque começam a restar muito poucos adjetivos depreciativos para vos atribuir, e guardem os assuntos de casa em casa, e os assuntos dos cidadãos para o parlamento, sim?