segunda-feira, 26 de março de 2012

Divide et impera

Quanto mais uma nação estiver dividida, mais forte fica o poder de quem estiver a implementar uma estratégia.  A quebra de estruturas faz com que a força dissipe evitando a força comum. Esta estratégia, que combina as forças políticas, militares e económicas, tem sido usada por toda a história, principalmente no que diz respeito aos grandes impérios. 

Os grupos pequenos, têm uma força menor se agirem separados. Vamos dar um exemplo hipotético: Se houvesse mais do que um sindicato de professores, seria fácil para um governo negociar com o que mais lhe convinha e deixar os outros de fora porque, na realidade, teria ouvido o sindicato.
Outro exemplo hipotético: Imagine-se que havia um país que tinha muitas manifestações feitas por várias entidades diferentes levando à banalização deste meio reivindicativo. Se conseguirmos imaginar este cenário percebemos, rapidamente, que esta expressão social poderia deixar de ter força.

Continuando com o exemplo anterior meramente especulativo: se no dia de uma grande manifestação - vamos-lhe dar o nome fictício de Greve Total – a força de protesto estivesse dividida em dois grupos diferentes, isso ia tiraria o impacto dessa “Greve Total”, já que fasear uma manifestação tira-lhe força e alivia as forças políticas.

O que vale é que isto são tudo uns grandes ses e as estratégias mais eficazes da história já ficaram para trás no tempo.


quarta-feira, 21 de março de 2012

O mistério do comboio verde

Continuando com os comboios, tenho feito algumas viagens no intercidades e nunca há serviço de bar. Avisam sempre que é temporário e tratar do assunto com a maior brevidade possível. As viagens sucedem-se e o serviço de bar continua temporariamente indisponível.

Mas afinal o que se passa no intercidades que nos deixa à sede 3 horas a fio?

O que me constou foi que o contrato de concessão terminou e não foi renovado. Será que o aluguer está assim tão alto? Será que não querem fazer mais dinheiro? Será que isto é verdade? Será que é mentira?
Será que eles comem o stock todo?


segunda-feira, 19 de março de 2012

Transparente como água


O plano Nacional de Barragens gerou uma febre por construir este tipo de empreendimentos energéticos por todo o país, sem divulgar quais são as vantagens destas construções, qual é o retorno que têm e o que é que ficamos a ganhar. 

A verdade sobre este assunto é que as novas barragens produzem 0% de energia líquida, já que consomem a totalidade do que produzem para bombear água. 

Numa visão sempre a pensar nos interesses nacionais, o Estado comprometeu-se a pagar 49 milhões de euros por ano a estas centrais, haja, ou não, produção de energia. Estes 49 milhões representam 20% do dinheiro emprestado pela Troika. 

Se pegarmos nestes dados e pensarmos na linha do rio Tua, vemos como os sucessivos governos de Portugal nunca pensam a longo prazo. A falta de visão faz com que não haja um investimento com retorno garantido no nosso país. 

Neste caso especifico, esta linha centenária podia criar 11 vezes mais emprego, por milhão investido em comparação com a barragem, se fosse mantida aberta e modernizada. Como seria isso possível? Simples: 

- Esta linha pode ser ligada a Puebla de Sanabra, Espanha, onde vai passar a linha de alta velocidade espanhola fazendo com que se chegue a Madrid numa hora e meia; 

- Bragança, através do aeródromo e de uma ligação férrea decente, facilmente entrava no circuito das lowcost, o que favorecia muito a nossa economia; 

- Se a linha não for submersa, pode ser uma enorme atração de turismo férreo, muito à imagem do que já é feito, por exemplo, em Espanha. A ligação com o Douro seria um desses motivos, entre outros; 

- Até agora já foram perdidos cerca de 2 milhões de euros com o encerramento desta linha, quer a nível de comércio local, quer a nível de receitas de bilheteira. 

Outro ponto importante que devemos lembrar é que esta é uma região do país esquecida e abandonada. Sempre tivemos dificuldade em arranjar formas de tornar o interior mais dinâmico e sustentável. Esta seria uma forma disso acontecer. 

Já não bastava os bancos estarem sempre a ganhar, também vamos ajudar os carteis da energia.



NOTA - Aqui neste programa da Biosfera está tudo explicado com mais pormenor. Vejam porque vale a pena.



quinta-feira, 15 de março de 2012

Histórias do Tamanho da Minha Altura

Depois de ter sido lançado em Lisboa na Ler devagar, onde se destacou por ser o livro infantil mais vendido de 2011, Histórias do tamanho da minha altura vai ser lançado no Porto.


Tudo se vai passar na Fnac do Norteshopping às 16h. Quem quiser aparecer será recebido com a leitura do livro e pelas 3 autoras. 



terça-feira, 13 de março de 2012

WHO are you

Caras vítimas da WHO,

No Fusível Ativo, temos sempre a preocupação de dar a conhecer situações como a vossa, mas não pudemos fazer mais do que as divulgar. Felizmente, nunca fomos lesados por essa empresa, muito embora tenhamos sofrido uma ameaça da pessoa que está à frente da WHO depois de termos escrito este post aqui.

Temos recebido alguns mails de apoio ao tal post, temos recebido outros de pessoas que se querem revoltar. As únicas coisas em que podemos ajudar são:

- Mandem-nos o vosso caso que nós divulgamos o mais possível, de forma anónima. Quantos mais casos nos mandarem, mais fácil será dar a conhecer o que se passa;

- Com a autorização de quem estiver interessado, pormos-vos em contacto uns com os outros para que juntos possam unir forças contra esta situação inacreditável.

Conhecemos vários casos, de há já vários anos, em que as pessoas se vão iludindo com a possibilidade de reaver o dinheiro e vão ficando caladas. Na nossa opinião, este silêncio é egoísta já que tem permitido que se propaguem mais e mais casos de dívida.

Deem voz e cara à vossa luta, avancem. 


segunda-feira, 12 de março de 2012

Geração à quê?

Parece que faz um ano que houve uma grande manifestação, parece que andava tudo por ai a rebelar-se. parece que, há um ano, estava uma tarde agradável, que havia desespero, que havia desculpas, que havia espírito de luta. há um ano, estávamos descontentes, estávamos a marcar a diferença, estávamos a dar o nosso corpo ao manifesto.

Há 12 meses, falou-se, ouviu-se, viu-se, gritou-se, esperneou-se, exigiu-se, cantou-se, saltou-se, abraçou-se, arrepiou-se.

Depois prometemos a nós próprios, comprometemo-nos com outros que ia ser diferente, que nós é que éramos os verdadeiros, não íamos ser como eles, porque somos diferentes.

E agora cá estamos todos à espera, sentados, de braços cruzados e com o rabinho tremido de sair da zona de conforto, mesmo que essa zona não seja muito confortável.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Notícias

Foi exatamente naquela casa que a vítima entrou antes de sair. Subiu estes degraus, abriu a porta. Dizem que gostava muito de café, já que todos os dias bebia uma bica no café ao lado desta porta. A dona do café diz que esta era uma pessoa pacata, boa pessoa, respeitadora e não previa o que aconteceu. 

Nessa fatídica manhã, a vítima acordou por volta das 8, é o que diz a dona do café já que exatamente às nove e quarenta e oito já se encontrava no estabelecimento com ar de quem tinha tomado banho. Ela tomava banho todos os dias, pelo que diz o nariz da dona do café. Era só mais um dia, normal a outros dias.

Foi atrás desta porta que estamos a ver que tudo aconteceu. Era uma segunda-feira de manhã e a vítima preparava-se para sair do tal banho a que se habituara todos os dias na sua rotina, um banho que já era tão natural que era impossível prever o perigo que podia conter.

Devido à água acumulada no chão, a vítima pôs o pé em falso, talvez por não ter o tapete indicado, como já tinha apontado um amigo da vítima outras vezes, e que nos deu a descrição da casa de banho em primeira mão. Este amigo, que prefere ficar anónimo, já tinha alertado várias vezes para esta situação, mas a vítima teimava em não fazer nada em relação ao assunto.

As consequências foram trágicas, a vítima escorregou e partiu um braço em menos de um segundo. Um final drástico e inesperado, para quem pensava que sair do banho de forma rotineira nunca se poderia transformar num acidente.

Cristina Guerreiro e Miguel Barbosa, Toucadinha, TBI.