segunda-feira, 14 de março de 2011

O Mobilizamento

Queridos sindicatos, siglas que fingem não pertencer a partidos e afins:

No último Sábado, dia 12 de março, um grupo de pessoas saiu à rua para se manifestar. É engraçado reparar que, apesar de ser a voz de uma geração que se queria revoltar, indivíduos de todas as idades, classes sociais, de diferentes ideais, juntaram-se nas ruas de onze cidades portuguesas.

Isto acontece quando se partilham as razões e causas do descontentamento. Isto acontece quando não há uma luta “deles”, “nossa” ou “doutros”, porque quando há uma razão forte, a luta é de todos. Isto acontece quando se escolhe um dia pertinente para sair à rua para mostrar o descontentamento (porque, quer queiram quer não, fazer manifestações à sexta ou à segunda não é de bom tom, seja qual for o timbre em que se pretende fazer ouvir).

E assim se enchem as ruas de vozes que ajudam outras a chegar onde é preciso.

Senhores trabalhadores de todas as profissões, pessoas descontentes e injustiçadas por esse Portugal fora, seja qual for o motivo da vossa revolta, distribuam panfletos, façam uso das novas tecnologias, façam o que tiverem que fazer para percebermos o que vos chateia. Porque enquanto não o fazem vão ser acusados de estarem a manifestar-se para terem o fim de semana grande ou para ir às compras. A não ser que essa seja uma razão: tirar um dia de greve.
 

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