segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sempre a faturar

No outro dia tive que apanhar um táxi até ao aeroporto e, quando ia a sair, o taxista disse para eu esperar porque tinha que me passar uma fatura. A surpresa tomou conta de mim, já que nunca me tinha sucedido tal coisa. Mas rapidamente o senhor motorista explicou-se, dizendo que era normal as autoridades estarem no interior do edifício por de trás dos vidros espelhados com atenção a quem passava, ou não faturas.

Depois corei um pouco porque eu nunca peço faturas. Ou melhor, não tenho por hábito fazê-lo, só quando me lembro e são raras as vezes. Nem de propósito, este tema surgiu numa conversa no sábado, onde falávamos em como combater este mal. A verdade é que todos sabem o peso de uma fatura, mas ninguém se preocupa com as consequências porque não são imediatas ou óbvias. Além disso, lidamos displicentemente com este bocadinho de papel, o que levou ao esquecimento de que é obrigatório por lei pedir e passar faturas. A única solução que achámos viável, foi sugerida por um pequeno fusileiro que dizia: Porque não cobrar mais 1% de IVA que era devolvido na totalidade quando se faz os impostos, após a apresentação das faturas correspondentes?

Seja bem ou mal pensado, funcione ou não, é estranho fazermos parte de um povo que só age de forma cívica se for compensado imediatamente por isso, ou se for coagido. Depois destas histórias todas deu-me vontade de nunca mais ver faturas à frente, depois percebi que faço mesmo parte deste povo. Há que mudar.


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