segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Estar vivo é o contrário de estar morto

Quando alguém morre, passa de besta a bestial, ou de normal a magnífico. Morta é que uma pessoa dá nas vistas e mata os seus defeitos. O que era feito da Whitney Houston? Quem, dos seus grandes amigos que ficaram tão tristes, a elogiou e quis gravar com ela enquanto viva?

Quem era o Angélico não sei quê? Porque é que só ouvimos falar dos seus brilhantes e multifacetados talentos depois de morrer?

Como é que o João Amaral, que fez tanta frente ao PCP, foi convidado a sair teve o partido em peso no seu funeral a dar-lhe elogios atrás de elogios, que até metia nojo?
Maria José Pinto Nogueira, essa grande mulher da direita, que toda a esquerda odiava e mas que teceu os mais nobres reconhecimentos.

Mas o que é que a morte trás aos mortos que, de repente todos acham que a pessoa defunta era fantástica? Será um estigma social de hipocrisia? O medo de sermos o próximo e querermos ganhar  um lugar no céu?

Para mim morto ou vivo, cada pessoa vive daquilo que é, sem ser enaltecido com a ausência de vida. Os que cá ficam, sabem o que guardam da pessoa e a pessoa em causa, já leva com ela todas as criticas tecidas em vida, não dá para voltar atrás.

Vamos mas é louvar a vida e os vivos que esses é que precisam de elogios e incentivos.  Caso contrário, arriscamo-nos a que a taxa de suicídio aumente, numa procura de reconhecimento já que a crise anda a deitar a baixo muitos egos.


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