segunda-feira, 23 de abril de 2012

O que é meu é nosso


Propriedade parece um conceito simples mas está constantemente a ser transformado. Se, por um lado, a propriedade das terras já foi de inteiro pertence de reis e nobreza, hoje qualquer pessoa pode adquirir um pouco de terra (se tiver dinheiro para isso).

Com o passar dos séculos, esta mudança também se tem verificado ao nível de alguns países da União Europeia. A propriedade deixou de ser uma coisa imutável. Talvez porque o espaço na cidade escasseia, também se aproximou o artigo ao substantivo, tornando a propriedade em apropriação.

Em certos países esta é uma forma reconhecida de pessoas arranjarem casa ou espaços para divulgarem as suas ideologias, sejam elas culturais, políticas ou comerciais. 

Muito embora pareça anárquico, as regras são simples: Para que um espaço desabitado/inutilizado se torne nosso, temos que permanecer lá por mais de um período de tempo definido por lei, temos que pagar as contas e, mais importante, não podemos interferir de forma negativa na vida de terceiros como consequência dessa apropriação.

A vantagem é ter um espaço urbano menos degradado e feito para e pelos cidadãos. 

O Estado é o que melhor exemplifica a importância desta atitude quando, em obras de interesse nacional, se apropria (ou desapropria terceiros, aqui a linha que define os dois conceitos é muito ténue) de terrenos.

Não devemos nós, cidadãos portugueses, ter os mesmo direitos que essa entidade tão grande que é o Estado?



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