segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aquele que não quer ver

A poucos dias das eleições, os portugueses andam mais preocupados com os fait-divers políticos do que propriamente com a política em si. Numa época repleta de novas tecnologias e meios de informação, são divulgadas as coisas menos importantes e relevantes para a decisão de voto.

Fala-se constantemente de manobras políticas, de quem ganhou debates, quem perdeu debates, quem teve piada e mostrou bandeiras, quem fez isto e aquilo, mas ninguém se indigna com o fato de nenhum candidato ser honesto.

Os partidos mais à esquerda prometem coisas impossíveis de cumprir, como aumento das pensões dos reformados, aumento dos ordenados, etc.. Isto é inverosímil, demagógico e desonesto; os partidos mais à direita apresentam-se como uma solução nova e fresca (sim, agora a sério); os inevitáveis ganhadores (PS e PSD) nunca explicam que imposições terá a troika nos seus programas e que influencias podem ter nas medidas políticas que querem tomar.

Honestamente, ninguém falou de quais serão realmente os problemas com que nos vamos defrontar e quais serão as possíveis reações que devemos ter. E é isso que nos devia interessar a todos. Somos cidadãos que estão numa posição fragilizada, mas estamos mais preocupados com a história da carochinha.

Não podemos só exigir que nos informem, temos que saber pedir a informação correta e, já agora, contribuir para que ela seja devidamente divulgada. 

2 comentários:

  1. «Os partidos mais à esquerda prometem coisas impossíveis de cumprir, como aumento das pensões dos reformados, aumento dos ordenados, etc.. Isto é inverosímil, demagógico e desonesto;»

    Ou seja, já estás a andar, como esse ceguinho da imagem que puseste no teu blog.

    Volta para o acampamento do Rossio que estás perdoado.

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  2. Eu já ando aos apalpões há muito tempo (até apalpo, sem querer, quem não gosta e no seu direito reclama), mas tenho sempre vontade de ver melhor. Como é que acampar no Rossio ajuda?

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