segunda-feira, 9 de julho de 2012

É como encontrar um palheiro numa agulha


Só se fala de um determinado membro do governo e da sua prestação académica. Neste caso todo, o que me anda a fazer confusão é que existem muitos exemplos como ele, uns ainda mais descarados (olha o Alberto João para aqui chamado de novo), e ninguém os chateia. 

O nosso problema não é ter um Miguel Relvas, é termos muitos Miguéis Relvas por aí e sermos condescendentes com essa situação. Só quando um jornalista se irrita é que estas informações, que nos estão mais inacessíveis, chegam a público e ao Público. 

E, nessa perspetiva, os jornalistas que tanto se têm sentido ultrajados e magoados, também não exercem da melhor forma o seu papel como divulgadores de informação verdadeira, uma informação que segue um trabalho de pesquisa que, por sua vez, segue (ou seguia) uma deontologia. 

Os jornalistas criticam as pressões dos políticos, os políticos arranjam influência nos grandes grupos económicos, os donos desses grandes grupos pensam deséticamente no seu trabalho prejudicando trabalhadores e a economia, os trabalhadores culpam o governo, que não gosta de jornalistas, que não gostam de políticos, mas que obedecem a grupos económicos que não gostam de trabalhadores, até trabalhadores que são jornalistas, que não dizem nada dos grandes grupos económicos que são geridos por pessoa que devem favores a políticos, que criticam esses grupos económicos, mas que se submetem às suas influências, e por aí fora… 

Não percebo como é que, no meio de toda esta confusão, só salte um indivíduo à baila. Não é estranho? 



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