segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Rouba mas faz

Há já alguns anos atrás, houve uma história cuja a distância no tempo me faz recordar apenas a ideia geral, mas a qual queria partilhar, com todos os lapsos a que tenho direito:

Havia no Brasil uma favela (uma das que ainda deve existir, já que a pobreza não escolhe ser semeada) dominada por traficantes de armas, de drogas e de medo. Um dos habitantes da favela, farto da situação, decidiu fazer justiça pelas suas próprias mãos, de forma a acalmar o seu bairro. Pegou numa arma, foi a casa de cada um dos terroristas favelianos e matou-os.

O individuo foi rapidamente preso e julgado, sendo condenado à prisão por homicídio. A população da favela, indignada, juntou-se numa luta e numa manifestação coletiva pela liberdade deste salvador que só trouxe o bem àquela comunidade, esquecendo que este salvador tinha ceifado vidas humanas, da mesma forma cruel que as suas vítimas o fizeram. 

Quando só vemos os fins sem vermos os meios, corremos o risco de sermos tão cruéis, ou ainda piores dos que acusamos. Da mesma forma, estes “salvadores” são postos em pedestais sem nunca ser criticado o seu caminho até ao andor. Uma vez sagrados, esquece-se o passado, esquece-se o pior de humano que existe neles e em nós, para louvar um presente imediato e um futuro sempre próximo mas muito longe da verdade.


Amorasamente dedicado a:

Alberto João Jardim
Aníbal Cavaco silva e políticos em geral
Avelino Ferreira Torres
Fátima Felgueiras
Isaltino Morais
Jorge Nuno Pinto da Costa
Valentim Loureiro e respetiva família

Peço desculpa se me esqueci de alguém, mas sintam-se integrados, sabem que estarão sempre no meu coração.


Para ilustrar: a virgem que teve um filho.


1 comentário:

  1. de repente lembrei-me que este post me faz lembrar um outro mais antigo sobre a Ema Cerveira e, ainda por cima, nem lhe prestei uma homenagem na minha lista.
    Aqui está o outro post: http://fusivelativo.blogspot.pt/2011/12/who-is-who.html

    Ema, também te dedicamos este pequeno espaço, estarás sempre no nosso coração e, sempre que tivermos oportunidade, vamos referir-te nas nossas publicações.

    ResponderEliminar