quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Amor formal

Sou dum tempo sem paixões exacerbadas, sem declarações românticas, de uma geração que só declara impostos. Resumimos o que sentimos em SMS, em colonizações de pensamentos e frases que andam por ai batidas, numa réplica de coisas sentidas por outros.

Já não temos tempo. Entre horas, sempre a mais, de trabalho, tudo o resto parece um luxo que consome o nosso bem cada vez mais precioso, por ser cada vez mais escasso: o tempo.

lá se vai o amor pelos outros, o amor pelos hobbies e, pior, o amor-próprio que está sentado numa secretária 12 horas por dia.


O nosso amor está em crise e ninguém dá por isso. 




O amor hiper-realista 



4 comentários:

  1. não sei de que tipo de vida se fala aqui, nem de que geração. Mas eu tenho 30 anos, e todos os dias, de várias maneiras, sinto e vivo o amor de forma especial. Se o que nos rodeia não o promove, cabe-nos a nós espalhá-lo nas pequenas coisas por que somos responsáveis.
    Se o seu amor está em crise, trate de o curar, porque pelo menos para essa crise ainda há cura!

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  2. Ainda bem que nem todos sofrem desta crise e, realmente, esta é das que tem cura.

    Mas, por vezes, há uma certa falta de tempo que nos tira uma dedicação total a alguns sentimentos e momentos.

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  3. Não existe tal tempo. Há, e haverá sempre, paixões exacerbadas (e pessoas a fugir aos impostos).

    Por muito que pareça que não há tempo para nada, com um trabalho que não acaba e parece pior do que a prisão, há sempre tempo para sorrir um pouco, para fugir ao cinzento que nos esmaga, para cair em pequenos outros mundos. E ainda bem.

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